Egos e frustrações
No último artigo que escrevi neste jornal, 16 de Julho, afirmei que a política barcelense estava parada porque no final daquela semana o PS ia a votos para a eleição do líder federativo e delegados ao congresso distrital; e o PSD iria escolher o novo líder concelhio.
Assim aconteceu. E, ao que parece, sem surpresas. Por isso esperava-se que tais atos contribuíssem para uma definição mais clarificadora para novas estratégias das autárquicas 2021. Mas ao contrário, todas as notícias e movimentações que têm sido conhecidas publicamente, pouco ou nada têm contribuído para a dignificação da política e dos políticos, nem para uma clarificação para 2021.
Já nem falo dos eventuais encontros na Ericeira nem das movimentações de eventuais traições políticas por parte de alguns protagonistas do PS; nem das declarações públicas do novo líder do PSD. As primeiras porque alimentam os egos de alguns e as frustrações de outros que, seguramente, contribuem para a degradação da política que se exige de serviço público, na defesa do bem geral; as segundas porque podem traduzir uma evidente submissão ao poder municipal em prejuízo do papel das oposições e da alternância do poder democrático (no mínimo) exercido com transparência no nosso regime de um Estado de Direito Democrático. A atitude crítica e participativa está muito para além do subsídio municipal do favor, da subserviência, da caridade!
Não é este o exercício do poder político que os barcelenses querem! E muito menos daquilo que precisam. É tempo mais que suficiente para se criar uma verdadeira alternativa de governação municipal. Deixem os egos pessoais e os interesses individuais. Este executivo para além de esgotado está a provocar prejuízos irreparáveis para o futuro de Barcelos. E não se pense que a responsabilidade política é só do seu presidente! Todos os membros do executivo do PS são responsáveis por tudo o que se passa na câmara municipal. Todos! E pior ainda são os que sabem o que se passa, mas cobardemente se calam e colaboram! Mas parece que há quem goste e, porventura, adore…
O BTF já anunciou, publicamente, em Novembro passado, que vai a votos em 2021; já anunciou, publicamente, que é preciso criar um movimento alargado de barcelenses para dar um novo rumo a Barcelos. Ético e político para restituir a governabilidade municipal.
O BTF já anunciou que é preciso, necessário, imperativo e urgente unir esforços, numa perspetiva alargada, eclética e heterogénea, representativa da sociedade barcelense que vai muito para além dos partidos. É por isso que, o BTF, nunca será um problema. Será sempre uma solução.
E desenganem-se aqueles que pensam que nos atingem, só porque se sentem desconfortáveis noutros quadrantes político-partidários ao sentirem que o falhanço dos seus egos e aumento das frustrações os perturbarem cada dia que passa, fazerem do BTF o “bombo da festa”.
Não é por acaso que, ultimamente, ao sentirem a força do BTF e perante tão elevado número de pretendentes aos lugares nos partidos, inventam clivagens e disfunções no BTF numa lógica da já gasta estratégia de “dividir para reinar”; inventam até desavenças com presidentes de junta e os representantes do BTF nos órgãos autárquicos para sublimar as suas frustrações. O BTF não é uma candidatura de fação do PS nem nunca o será!
“O BTF está inteiramente disponível para entendimentos com outras forças políticas e todos os cidadãos que se queiram associar a um novo modo de fazer política com base nos princípios enunciados.” Como já o afirmou e publicou em Novembro de 2019…
Até finais de Setembro, princípios de Outubro e porque o BTF é livre e responsável anunciará muitas novidades políticas… surpreendentes!
Domingos Pereira, vereador do BTF na CMB
Com a edição de 13 de agosto de 2020, do Jornal Barcelos Popular